Por que comemos panetone e peru no Natal?


Véspera de Natal por estas bandas é aquela coisa: família reunida e mesa farta com a presença quase certa de peru assado e panetone na ceia.

Mas de onde surgiu esta tradição de comer estas duas iguarias deliciosas nesta época do ano?

Entre as diversas lendas que explicam a origem do panetone, todas apontam para a cidade italiana de Milão como o seu berço e para a presença de um personagem chamado Toni. A partir daí, os causos que remontam a criação do famoso pão se transformaram em um imenso emaranhado de diferentes datas e histórias.

Uma das mais aceitas diz que ele surgiu por conta de um acidente na Véspera de Natal do ano 900. Nesta data, o humilde assistente de padeiro chamado Toni estava exausto depois de ter trabalhado por muitas horas seguidas e ainda precisava fazer um torta para seu chefe e mais um fornada de pães.

Desatento e cansado, ele colocou as uvas passas da torta na massa de pão e ao notar o erro tentou remediar o problema jogando frutas cristalizadas, manteiga, ovos e os demais ingredientes também na massa. O que Toni não imaginava é que o tal pão fizesse tanto sucesso na ceia de Natal de seu chefe e que ele decidisse batizar o tal “acidente” de “pane di Toni” (“Pão do Toni”, na tradução do italiano).

Muito menos rica que a lenda do Pão do Toni, o peru assado também chegou às nossas mesas no Natal por conta dos hábitos de americanos e europeus. É costume nos EUA comer peru no Dia de Ação de Graças, uma comemoração realizada desde 1621 e que celebra a boa colheita de peregrinos e nativos americanos na época. Por ser comum no país e possuir grande quantidade de carne, acabava representando fartura. Com o tempo, esta tradição foi sendo incorporada à ceia natalina dos brasileiros por conta do imigrantes que aqui chegaram no século 19.

 

Fonte: http://catracalivre.com.br