Conheça a origem e a história do guardanapo


Quando imaginamos os elementos para uma mesa de refeições, naturalmente entre eles estão os guardanapos.

Seja em bares e restaurantes, em eventos sociais ou mesmo no ambiente doméstico, dos mais simples aos mais finos, sua utilização está fundamentalmente associada à ideia de higiene.

Mas será que o guardanapo sempre foi utilizado da forma e pelos motivos que conhecemos nos dias de hoje? Em que época teria surgido? Qual a origem do seu nome?

Há registros de que na Idade Média – período da história da Europa compreendido entre os séculos V e XV – as pessoas não usavam talheres para comer. Os alimentos eram levados à boca com as mãos e a sujeira ou a gordura que ficava nos dedos era limpa na toalha da mesa ou nas próprias roupas. Outro costume observado entre os nobres da época era a permanência de animais como cães e coelhos nos salões de repasto para que os convivas limpassem as mãos em seus pêlos. No século XIII, surge o hábito de se deixar pedaços de pano (touailles) suspensos da parede para que a precária higiene fosse feita.

Não é difícil imaginar que as toalhas de linho que cobriam as mesas ficavam imundas após as refeições. Isto nos leva diretamente ao significado da palavra “GUARDANAPO”, que vem do francês “GARDENAPPE”, que por sua vez significa proteger (garder) a toalha (nappe).

A origem desta peça é cheia de controvérsias, mas há registros que sugerem que tenha surgido no século XV, na Itália. O “Codice Romanov”, livro de anotações culinárias atribuído a Leonardo da Vinci, traz indicações de que o guardanapo individual tenha sido mais uma de sua invenções geniais. Cita que em janeiro de 1490, Da Vinci organizou e decorou a famosa festa “O Paraíso” e sua preocupação com as toalhas que cobriam as mesas o levou a colocar um pano para cada convidado, a fim de preservar o tecido principal. O registro ainda revela a decepção do artista pelo uso inadequado que os participantes fizeram de seu artefato.

Com o tempo, a utilização correta do guardanapo, que na época era de linho ou de algodão, passou a fazer parte da etiqueta dos nobres e das famílias mais abastadas. Os modelos luxuosos passaram a ter também uma função decorativa, compondo o ambiente requintado dos salões. Ao longo dos últimos séculos, foi usado preso à gola da roupa, sobre o ombro e sobre o braço esquerdos, até chegar ao uso convencional dos dias de hoje em que o guardanapo é posto à mesa do lado esquerdo ou sobre o prato e colocado sobre o colo durante a refeição (no caso dos de tecido).

Até a primeira metade do século XX, apenas peças de tecido eram utilizadas. No entanto, com as consideráveis mudanças sócio-culturais ocorridas a partir dos anos 50 (principalmente a gradativa mudança do papel da mulher na sociedade) houve a necessidade de tornar a vida mais prática e, na década de 70, surgiram os guardanapos descartáveis, de papel.  Hoje, estes guardanapos já fazem parte da vida da maioria das pessoas e têm ganhado espaço nas festas mais sofisticadas, exercendo funções decorativas e de personalização. Em muitas situações os dois tipos são encontrados juntos, sendo que o de papel fica destinado a limpar o batom, evitando o desgaste do de tecido.

Seja pela higiene ou pelo requinte, o que se observa é que o guardanapo se tornou um artigo indispensável quando o assunto é alimentação.

Fonte: http://blog.bomsabor.com.br/